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Cirurgiões de seis estados do país operam bebê com malformação rara em Porto AlegreCirurgiões de seis estados do país operam bebê com malformação rara em Porto Alegre

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Publicado em 15/05/2019, Por G1/RS

Um bebê de apenas três meses com uma malformação rara mobilizou médicos de seis estados do país para uma cirurgia em Porto Alegre. Bernardo da Silva Lucindo nasceu com um defeito congênito que deixa a bexiga e a uretra expostas.

O procedimento, que utilizou uma técnica inédita no estado, foi realizado no último sábado (11) no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV).

A cirurgia, feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), durou oito horas e envolveu cirurgiões do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Paraná (PR), Distrito Federal (DF), Santa Catarina (SC), além do Rio Grande do Sul (RS). De acordo com o hospital, o bebê passa bem e está em recuperação na UTI.

A extrofia de bexiga, como é chamada a doença, costuma atingir principalmente meninos. O órgão fica à mostra no abdome, e a uretra, no pênis do portador.

O paciente deve passar por cirurgia o mais cedo possível para facilitar o fechamento da bexiga, a reconstrução da uretra, e a preservação dos rins e da função sexual.

O cirurgião pediátrico do HMIPV Eduardo Corrêa Costa, que participou do procedimento, explica que a união dos médicos foi necessária justamente porque se tratava de um caso raro e de uma cirurgia complexa, delicada e longa.

"Por não ser frequente, a gente não tem uma constância em atender esse tipo de malformação, não é o corriqueiro. Aqui em Porto Alegre, tem uns três casos por ano, no máximo. Por ser uma formação rara, a gente resolveu se reunir para fazer essa cirurgia", justifica o médico.

Costa acrescenta que tem viajado a outros estados para operar pacientes com a doença, com esse mesmo grupo de cirurgiões. A operação já foi realizada duas vezes no RJ, duas em SP e uma na Bahia. Pela primeira vez, foi feita na capital gaúcha.

O cirurgião explica que a técnica utilizada é inédita no estado. Trata-se de uma modificação de uma técnica antiga que possibilita reunir em uma só etapa todas as correções necessárias.

"Além de corrigir essa malformação desse paciente, a gente já corrige outras coisas que ele tem. A gente corrige a incontinência dessas crianças e o refluxo que causa infecção urinária e pode fazer com que o paciente perca a função renal", explica o médico.

Bernardo ainda não tem data para deixar o hospital. Até lá, os pais são autorizados a visitá-lo diariamente na UTI Pediátrica.

(FOTO: ARQUIVO PESSOAL)





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