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Gasolina do Rio Grande do Sul é a 5ª mais cara do BrasilGasolina do Rio Grande do Sul é a 5ª mais cara do Brasil

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Publicado em 04/04/2019, Por GaúchaZH

O preço médio da gasolina no Rio Grande do Sul fechou o primeiro trimestre como o quinto mais alto do país. Entre 24 e 30 de março, os gaúchos desembolsaram, em média, R$ 4,588 por litro. Entre os 27 Estados, somente Acre, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Piauí têm preços maiores.

Com a marca, o valor do combustível acumulou avanço de 2% nos três primeiros meses do ano, indicam dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Segundo a pesquisa, o preço é o mais elevado em 16 semanas. Ou seja, retornou ao nível registrado no início de dezembro de 2018, quatro meses atrás.

Para representantes do setor de combustíveis, a questão tributária explica, em parte, o fato de a gasolina custar mais no Rio Grande do Sul do que em outras regiões do país. No Estado, a alíquota de ICMS é de 30%. Na vizinha Santa Catarina, onde o litro era vendido a R$ 4,134 na semana passada, o peso do tributo é de 25%.

A alíquota de ICMS incide sobre o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF). Determinado após pesquisa da Receita Estadual, esse valor representa a média do que é cobrado nas bombas.

Quanto mais elevado for o preço de referência, maior o impacto do tributo sobre a gasolina. Na última segunda-feira, o PMPF subiu de R$ 4,3491 para R$ 4,4385 no Rio Grande do Sul.

O preço gaúcho também é pressionado por custos relacionados ao etanol anidro. Isso ocorre porque a gasolina que chega às bombas tem acréscimo de 27% de álcool, não produzido no Rio Grande do Sul. A necessidade de trazê-lo de Estados como o Paraná encarece o preço final, diz João Carlos Dal’Aqua, presidente do Sulpetro, que representa os postos gaúchos.

— Para os consumidores no Rio Grande do Sul, o que pesa nas bombas é o tributo mais alto. A compra de etanol também eleva gastos logísticos. Além disso, o aquecimento esperado para a economia ainda não aconteceu, e os custos do setor continuam altos — observa Dal’Aqua.

 

Gasolina abriu o ano em baixa, mas subiu no final de fevereiro

O Brasil também teve o preço da gasolina aditivado ao final do primeiro trimestre, com alta acumulada de 0,4% no período. Entre 24 e 30 de março, o valor médio subiu para R$ 4,362, marca mais elevada em 15 semanas.

Tanto no Rio Grande do Sul quanto no restante do país, a gasolina abriu o ano em baixa, mas passou a subir entre o final de fevereiro e o início de março. Sócio-fundador da consultoria MaxiQuim, João Luiz Zuñeda explica que o avanço nas últimas semanas acompanhou o aumento dos preços no mercado internacional. Desde 2017, a Petrobras adota política que usa o valor do barril de petróleo, calculado em dólares, como referência para os combustíveis.

— Como o real vem se desvalorizando em relação ao dólar, o preço da gasolina sobe. A pressão no Exterior continua— frisa Zuñeda.

 

Valor do diesel também acelera no primeiro trimestre

O preço médio do óleo diesel no Rio Grande do Sul seguiu o mesmo trajeto da gasolina e acelerou no primeiro trimestre, com alta acumulada de 2,5%. Segundo a ANP, o valor médio do litro chegou a R$ 3,466 entre 24 e 30 de março. A marca é a mais elevada em 16 semanas. Ou seja, desde o início de dezembro de 2018.

Mesmo com o avanço, o preço gaúcho é o quarto mais baixo do país. A alíquota de ICMS de 12% sobre o diesel, menor do que em outras regiões, contribui para deixar o valor do Rio Grande do Sul entre os mais reduzidos no Brasil.

— A alíquota do diesel é menor do que a da gasolina. É uma equação clara. O impacto tributário é menor – comenta o presidente do Sulpetro, João Carlos Dal’Aqua.

Antes de chegar às bombas, o diesel tem acréscimo de 10% de biodiesel. Como o Estado produz esse componente, o preço tende a ficar em nível mais comportado, avalia o sócio-fundador da MaxiQuim, João Luiz Zuñeda.

Ao final do ano passado, encerrou-se o prazo do programa de subsídios federais ao diesel, adotado pelo governo Michel Temer para baixar o valor nas bombas e encerrar a greve dos caminhoneiros. Com o preço em elevação em 2019, uma nova paralisação dos motoristas chegou a ser cogitada, mas logo descartada por lideranças da categoria.

A Petrobras anunciou na semana passada que o preço do diesel não poderá ser reajustado em períodos inferiores a 15 dias. A petroleira também confirmou a criação de cartão que permitirá a compra do combustível a valor fixo nos postos com a bandeira BR.







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