O Ministério da Saúde informou que a variante Arcturus do coronavírus, também chamada de XBB.1.16, foi detectada no Estado de São Paulo. Sequenciada pela primeira vez na Índia, em janeiro, ela está presente em quase 40 países atualmente.
A linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês) pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em razão da sua rápida disseminação nas últimas semanas.
Embora provoque sintomas diferentes em comparação com cepas passadas, como conjuntivite e quadros de febre alta, a nova linhagem não apresentou, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações ou, então, gerar riscos mais graves à saúde dos infectados, segundo especialistas. Além disso, as atuais vacinas disponíveis garantem a proteção contra a variante recém-descoberta.
A Arcturus é uma linhagem que descende da BA.2 – que derivou da Ômicron – e, por causa da sua rápida disseminação em alguns países no mundo, como Índia e Estados Unidos, a OMS mudou, no dia 17 de abril, o tipo de classificação de “variante de monitoramento” para “variante de interesse”.
De acordo com o Ministério da Saúde, as evidências sobre essa linhagem “não indicam riscos à saúde pública se comparada a XBB.1.5” – que é a principal cepa em circulação no País – nem de aumento na gravidade dos casos.
Globalmente, houve um aumento semanal na prevalência da Arcturus no mundo, segundo dados apresentados pela OMS. Entre o final de fevereiro e início de março, a prevalência da XBB.1.16 era de 0,52%. Atualmente, o índice subiu para 4,31%. A linhagem mais comum atualmente é a XBB.1.5, também conhecida como Kraken, com 45%.
(FOTO: ARQUIVO RÁDIO SANANDUVA)