Diante de 35 mil torcedores no estádio Beira-Rio, o Inter foi surpreendido na noite desse domingo (29) pelo Coritiba, penúltimo colocado na tabela do Campeonato Brasileiro: 4 a 3 para os visitantes. O placar mantém o Colorado em 12º lugar na tabela (38 pontos). O próximo compromisso é na quarta-feira (1º), novamente em casa, contra o lanterna América-MG, pela 31ª rodada.
O time sob o comando de Eduardo Coudet apresentou uma atuação aquém do esperado após os desempenhos mais recentes na competição. Boa parte dessa insuficiência foi causada pela expulsão do zagueiro Vitão com apenas 8 minutos de bola rolando.
Em vantagem numérica, os paranaenses saíram na frente com Garcez aos 27 minutos e cederam o empate em penalidade convertida por Alan Patrick aos 42 minutos, mas aos 49 Matheus Bianchi colocou os paranaenses novamente à frente: 2 a 1.
Na etapa complementar, Robson (24 minutos) ampliou para 3 a 1 e Bruno Henrique descontou para o colorado aos 37. Robson estufou a rede colorada aos 45 minutos: 4 a 2. Já nos descontos, aos 56 minutos, Enner Valencia marcou mais um para o Inter, que ainda tentou – em vão – um empate.
O confronto
Os primeiros movimentos anunciaram um jogo de ataque contra defesa, mas os planos do Inter se complicaram aos 8 minutos do primeiro tempo, quando Vitão recebeu cartão vermelho após falta em Garcez. Embalado pela superioridade numérica, o Coritiba criou três chances nos minutos seguintes – e até balançou as redes, mas o lance foi anulado por impedimento.
Coudet apostou em manter os outros dez nomes que haviam começado a partida, recuando Johnny para a dupla de zaga. Mais ofensivo, o Inter obteve boa chance com Valencia, que recebeu cruzamento de Alan Patrick e cabeceou com perigo, mas para fora.
Na réplica, Garcez aproveitou lance confuso na área colorada e colocou os visitantes em vantagem no placar. A resposta de Coudet foi substituir Carlos de Pena por Igor Gomes.
O Inter continuou criando oportunidades, assim como o adversário, mas sem sucesso. Em lance de bola parada, Alan Patrick contou com desvio na barreira visitante para assustar Gabriel. O arqueiro fez boa defesa.
Aos 39 minutos, Mauricio foi derrubado dentro da área por Bruno Gomes, que acertou o meio-campista do Inter tanto por baixo quanto no alto. Inquestionável, o pênalti foi convertido por Alan Patrick.
O empate alimentava as esperanças pela virada, mas foi logo sucedido por um balde de água fria. Matheus Bianqui, que minutos antes cometera uma falta digna de expulsão em Charles Aránguiz, cabeceou no contrapé de Rochet e recolocou o Coritiba em vantagem. Aos 48, Johnny também usou da bola aérea, mas acertou o travessão alviverde.
No segundo tempo, o Inter criou três oportunidades em menos de 10 minutos. Primeiro a arrematar, Dalbert (que seria vaiado pela torcida ao deixar o campo, por substituição) mandou pela linha de fundo. Depois, Mauricio foi lançado por Aránguiz e cruzou com perigo, mas Gabriel defendeu. Por fim, Valencia arriscou em perigosa cobrança de falta. Mais uma vez, o goleiro espalmou.
A blitz colorada foi interrompida por mais uma confusão da arbitragem. No campo, o auxiliar número dois, Leonardo Henrique Pereira, levantou a bandeira por impedimento do ataque do Coritiba. Ato contínuo, Dalbert derrubou o atacante adversário dentro da área. Mesmo com o protocolo descumprido, o VAR sugeriu revisão do lance, resultando em penalidade para os visitantes. Na cobrança, Robson marcou o terceiro gol paranaense.
Uma vez mais, coube ao Inter se remobilizar. Para isso, Coudet colocou Bruno Henrique, Pedro Henrique e João Dalla Corte nas vagas de Aránguiz, Mauricio e Dalbert. Pouco depois, Bruno tentou ser garçom e cruzou, da intermediária, na medida para Valencia. Gabriel cresceu e espalmou o cabeceio do equatoriano.
Bruno Henrique teve outra participação importante aos 37: da entrada da área, o meio-campista chutou forte, com curva, e venceu Gabriel. Mas no minuto 43, Bruno Gomes foi derrubado na área do Inter e o árbitro indicou pênalti. De novo, Robson marcou para o Coritiba.
As demoradas visitas do árbitro ao VAR renderam 12 minutos de acréscimos. Dentro do tempo adicional, Andre Luiz Policarpo voltou a consultar o monitor. Diante da tela, percebeu que Nico Hernández sofrera um soco de Reynaldo, e apitou o quarto pênalti da noite. Batedor da vez, Valencia viu o goleiro espalmar, mas aproveitou o rebote. Final de jogo: 4 a 3 para o Coritiba, que não vencia o Inter no Beira-Rio desde 2002.
Ficha técnica
– Inter: Rochet, Bustos, Vitão, Nico Hernández e Dalbert (João Dalla Corte); Johnny, Aránguiz (Bruno Henrique), De Pena (Igor Gomes), Maurício (Pedro Henrique) e Alan Patrick; Enner Valencia. Técnico: Eduardo Coudet.
– Coritiba: Gabriel, Natanael, Thalisson Gabriel, Henrique e Victor Luís; Bruno Gomes, Matheus Bianqui (Fransérgio) e Sebastián Gómez; Marcelino Moreno (Gabriel Silva), Robson e Garcez (Reynaldo). Técnico: Thiago Kosloski.
– Arbitragem: André Luiz Policarpo Bento (MG), assistido por Guilherme Dias Camilo (Fifa-MG) e Leonardo Henrique Pereira (MG); VAR: José Claudio Rocha Filho (Fifa-SP).
(FOTO: RICARDO DUARTE / INTER / O SUL)