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Cidades do Interior já respondem por quase 60% dos casos de coronavírus no paísCidades do Interior já respondem por quase 60% dos casos de coronavírus no país

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Publicado em 22/06/2020, Por GaúchaZH

Atualmente, 19 Estados já têm maior proporção de casos fora das capitais ou grandes cidades.

 

Inicialmente concentrada nas capitais, a pandemia de coronavírus tem avançado com maior força nas últimas semanas para o Interior — já são 59% de casos registrados no país. Para comparação, até o início da segunda quinzena de abril, 65% dos casos eram em capitais e apenas 35% estavam em cidades do Interior. Pouco mais de um mês depois, no fim de maio, esse percentual se equiparou, e o avanço segue desde então. Atualmente, 19 Estados já têm maior proporção de casos fora das capitais ou grandes cidades.

Quando observado o total de mortes, esse parâmetro também se aproxima: 48% dos registros estão no Interior e 52% nas principais cidades de cada Estado. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico semanal do Ministério da Saúde, que voltou a ser publicado na quinta-feira (18), após duas semanas sem ser divulgado. A retomada das publicações ocorre em meio a críticas de especialistas e entidades de saúde sobre mudanças na divulgação de dados da epidemia da covid-19 no país.

Nas últimas semanas, o ministério atrasou publicações e chegou a retirar de suas plataformas o total de casos e mortes pela doença. Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), recuou e voltou a divulgar os dados — análises detalhadas em documento, porém, não eram divulgadas desde o final de maio.

No balanço, além de apontar a evolução da interiorização, o ministério faz uma análise da distribuição dos casos conforme o porte populacional dos municípios. Até o fim da última semana, quando os dados foram contabilizados, 4.590 cidades — o equivalente a oito em cada 10 municípios do país — já tinham ao menos um caso registrado da covid-19.

Dos 980 municípios sem nenhum registro de caso, 969 eram cidades com até 25 mil habitantes. Das cidades entre 25 mil e 49 mil habitantes, só 10 não tinham registros até o fim da última semana. Eram elas: Ipixuna (AM), Iraquara (BA), Santana (BA), Capelinha (MG), Itamarandiba (MG), Jaíba (MG), São João da Ponte (MG), Astorga (PR), Jaguarão (RS) e Três Coroas (RS).

Acima de 50 mil, só uma: Prudentópolis (PR). A situação, porém, mudou nos primeiros dias da última semana. Na segunda-feira (15), a prefeitura divulgou o primeiro caso confirmado. Quatro dias depois, o total já chegava a seis confirmações. Também havia ao menos 23 à espera de resultado de exames.

Para o Ministério da Saúde, ao mesmo tempo em que os casos crescem no Interior, o país já dá os primeiros sinais de uma estabilização na curva geral de casos, ou seja, quando o aumento ocorre em ritmo mais lento ou semelhante a semanas anteriores. A pasta, porém, frisa que ainda é preciso confirmar essa análise nas próximas semanas.

"Faz-se necessário acompanhar durante a semana se a tendência de estabilização no número de casos se mantém, ou se é um reflexo de uma possível redução no número de testes causados pelo feriado prolongado em algumas cidades brasileiras", aponta documento da pasta.

A possível estabilização também ocorre em um momento em que o país registra números altos de novos casos e mortes, e o total de óbitos ainda em investigação ainda supera cerca de 3,5 mil casos a cada dia. O Brasil já superou a marca de 1 milhão de casos da covid-19, com mais de 50 mil mortes, segundo dados compilados por meio de consórcio de veículos de imprensa.

Análise em boletim epidemiológico aponta ainda uma possível tendência de desaceleração da curva nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Já as regiões Sul e Centro-Oeste ainda estariam em uma fase anterior da epidemia, "porém já mostrando incrementos importantes nas últimas semanas".

Entre os Estados, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará são ainda aqueles com maior número de novos casos. A maioria dos estados, porém, "apresenta tendência de redução ou estabilização, embora seja muito prematuro afirmar que essa tendência permanecerá ao longo das próximas semanas", diz a pasta no documento, citando ainda duas exceções nesse cenário: Paraíba e Espírito Santo, Estados que apresentam tendência de aumento em casos e mortes.

O documento da pasta mostra ainda que, no Nordeste, a região litorânea ainda têm alta concentração de casos, embora seja possível ver um processo de interiorização. No Sudeste, o maior volume ocorre nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. No Sul, dados apontam maior impacto da epidemia em municípios da serra gaúcha, oeste catarinense e norte do Paraná.

A pasta aponta ainda o que chama de "cenário particularmente preocupante" no Centro-Oeste, com "padrão de espraiamento" pelo território em mais cidades — enquanto inicialmente havia uma concentração mais expressiva em Brasília.







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