No último dia 14 de dezembro, o governador do Estado assinou o projeto de lei que institui o Programa Estadual de Produção de Etanol Amiláceo, o Pró-Etanol. O projeto tramita na Assembleia Legislativa.
A proposta prevê uma política estadual de estímulo à produção de etanol baseada em matéria-prima de amiláceos ou fontes de amido. A intenção é reduzir a dependência do RS do etanol externo. Neste contexto, a Cotrijal de Não-Me-Toque está estudando essa forma de produção e a possível instalação de uma indústria de etanol.
Segundo o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, disse que existem várias formas de fazer o etanol. Nesse caso a matéria-prima é o trigo, e para esse fim o grão não precisa de tanta qualidade como para a panificação e outras produções.
Hoje cerca de 90% do etanol vem de outros estados como Paraná e São Paulo e o Estado produz cerca de 9% de etanol. Se o Estado tirasse a alta tributação já seria um estímulo, disse o vice-presidente, pois o empreendedor pode investir e ficar competitivo, pois do jeito que estava nenhum empreendedor arriscaria colocar uma empresa, pois o produto sairia mais barato nos estados vizinhos do que o produzido no estado.
O trigo é produzido com alta tecnologia, pois os moinhos exigem isso, e na hora que efetivamente ele é posto à venda, os preços caem ficando inviável o produto para a panificação. Podendo usar esses produtos para a indústria de etanol, o biocombustível poderia ficar viável e competitivo.
O que ajudaria também as propriedades rurais produzirem mais no inverno e, consequentemente, ter uma renda maior com a cultura.
(FOTO: RÁDIO UIRAPURU)