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Ciclone no RS: entidades reforçam importância de sistemas de previsão meteorológicaCiclone no RS: entidades reforçam importância de sistemas de previsão meteorológica

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Publicado em 23/06/2023, Por G1/RS

A passagem do ciclone extratropical no RS reforçou a importância dos sistemas de previsão e análise meteorológica. Centros de estudos meteorológicos e órgãos, como as Defesas Civis e o Instituto de Meteorologia (Inmet), alertaram a população. Já na tarde do dia 15, circulavam informações sobre os potenciais de gravidade das chuvas, em publicações e até mensagens por celular.

O Centro de Meteorologia da Universidade Federal de Santa Maria, na Região Central do estado, é uma das instituições que monitoram dados que vêm de estações, radares, mapas e satélites.

O meteorologista Murilo Lopes explica que a confiabilidade das previsões é alta, graças modelos meteorológicos observados. "Esses modelos são inicializados com as condições de tempo observados e desta forma a gente consegue ver um período de até sete dias com uma confiança acima de 90%", afirma.

A região mais afetada pelo ciclone fica sob cobertura de um radar que não estava funcionando naquela semana, explica o meteorologista. "A gente tem a disponibilidade de radares meteorológicos que muitas vezes são equipamentos mais antigos, necessitariam de uma nova tecnologia", afirma.

Os alertas são fundamentais para uma realidade que os prognósticos demonstram ser cada vez mais frequentes: a de ocorrência de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, como lembra o diretor de programas do Greenpeace Brasil, Leandro Ramos.

"O planeta já está esquentando, as consequências já estão aconteccendo e que elas vão ser cada vez mais frequentes, cada vez mais intensas e a gente precisa estar pronto pra responder a elas, e quando a gente fala em desenvolver planos de adaptação, seja em nível nacional, em nível estadual, municipal, é justamente essa a resposta que a gente busca encontrar: como que uma cidade, um estado devem se preparar pra essa nova configuração e esses eventos que vão ser cada vez mais frequentes e intensos?", questiona.

Climatologista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Francisco Aquino complementa: é preciso avançar na confiança dos alertas e nas iniciativas de proteção em caso de desastres, além de investir na melhoria das condições de moradia da população.

"Quando eu moro em uma região de vulnerabilidade de risco e recebi um alerta extremo de precipitação, eu quase não vou dormir esta noite, vou preparar minha saída de casa com minha família e até pra onde devo ir nessa situação de risco. Esse tipo de prática, de hábito, ainda não tá funcionando na nossa sociedade", opina.

O ciclone foi considerado pelo governo do estado o pior desastre natural em 40 anos.

(FOTO: ARQUIVO RÁDIO SANANDUVA)







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