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Escolas de Erechim registram casos de automutilação entre estudantesEscolas de Erechim registram casos de automutilação entre estudantes

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Publicado em 24/03/2019, Por Atmosfera Online

Pelo menos 15 casos de automutilação foram registrados em escolas da Rede Estadual de ensino em Erechim. As vítimas, na maioria das ocorrências, são meninas com idades entre 12 e 15 anos, que provocam ferimentos no próprio corpo. De acordo com o levantamento realizado pela Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave) órgão mantido pela 15ª Coordenadoria Regional de Educação, a desestruturação familiar e casos de violência sexual estariam motivando as ocorrências.

O número assusta, mas ele pode ser ainda maior porque muitos casos não chegam ao conhecimento dos professores. É por isso que desenvolver ações preventivas, de proteção, orientação e amparo são hoje metas para as escolas. Com apoio da Cipave os educandários precisam enfrentar diferentes tipos de ocorrências que envolvem o lado emocional dos estudantes. Os registros de automutilação entre meninas é motivo de preocupação diária em muitos colégios. Segundo a coordenadora da Comissão, Miriam Lúcia De Grandi é preciso enfrentar o problema e buscar soluções. “Nós percebemos que essas ocorrências aumentaram em razão da desestruturação familiar de muitos alunos e também os casos de violência verbal e sexual. Mas imediatamente após o problema ser detectado, o Cipave em conjunto com as escolas e a Rede de parceiros se reúne e busca uma solução. Trabalhamos também ações preventivas. Mesmo que o número de automutilação aumentou neste início de ano em relação a 2018, as iniciativas estão dando certo”, explica.

 

Chá com conversa

Uma das iniciativas de uma escola de Erechim que detectou o problema em sala de aula é o chamado Chá com Conversa. Em um ambiente tranquilo Cipave, professores e uma psicóloga reúnem as vítimas para uma conversa descontraída. Para aproximar ainda mais o grupo é servido um chá com doces. “Fizemos esse momento para que as adolescentes possam desabafar, falar sobre angústias e medos. Procuramos dar auxílio e força. A conversa também é feita com os pais que precisam entender que a participação da família é fundamental. Eles precisam estar mais presentes na vida desses adolescentes. O trabalho é feito até percebermos que o objetivo foi alcançado”, pondera Miriam.

 

Sinais de alerta

Miriam também faz um alerta a alguns sinais que podem indicar problemas. “O comportamento para lesão autoprovocada é vivido, muitas vezes, em silêncio. Por isso, é preciso observar algumas situações como o isolamento social; manifestação de tristeza; irritabilidade e crises de raiva. Mais uma vez reforçamos que é importante o esforço das famílias para o estreitamento dos laços com os jovens, dando espaço para escuta e auxílio no enfrentamento dos seus problemas, sempre em busca do diálogo compreensivo e buscando atendimento profissional, quando necessário”, declara.

(FOTO: IMAGEM ILUSTRATIVA)







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