O Brasil exportou 248 mil toneladas de carne bovina em março, aumento de 13,1% sobre os embarques de fevereiro e 30,2% em comparação com o mesmo mês de 2024. Os dados partem da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
Os números mostram que, em faturamento, o desempenho também foi positivo: as vendas externas somaram US$ 1,17 bilhão no mês, avanço de 12,8% frente a fevereiro e de 39,6% na comparação com março do ano passado.
A Abiec destaca que o setor teve papel de destaque entre os que mais contribuíram para o superávit da balança comercial no período.
A carne in natura seguiu como a principal categoria exportada, respondendo por 86,8% do volume e 89,7% do faturamento no mês. Também se destacaram os seguintes segmentos em relação a fevereiro:
Principais destinos
A China manteve a liderança como principal destino da carne bovina brasileira, com 97,3 mil toneladas embarcadas – 39,2% do volume total – e US$ 463,8 milhões em faturamento (39,4%).
Os Estados Unidos continuam ganhando relevância, com um aumento expressivo de 56,3% no volume (42,1 mil toneladas) e 53% em valor (US$ 225,5 milhões) em relação ao mês anterior.
Outros mercados com crescimento significativo em volume no mês de março foram:
Evolução trimestral
No acumulado de janeiro a março deste ano, as exportações totalizaram 676 mil toneladas (+12,8%) e geraram US$ 3,22 bilhões em receita (+22,1%).
Os dez principais mercados no trimestre foram:
Os dados compilados pela Abiec mostram que os estados que mais exportaram carne bovina no trimestre foram São Paulo, com 145 mil toneladas, responsável por 21,7% do total exportado pelo país, seguido do Mato Grosso (137 mil toneladas e 20,5% do total), Goiás (80,8 mil toneladas e 12% do total), Mato Grosso do Sul (74,3 mil toneladas e 11,1%) e Rondônia (61,9 mil toneladas e 98,3%).
“Os resultados registrados em março e no trimestre refletem não apenas a competitividade e a qualidade da carne bovina brasileira no mercado internacional, mas também a eficiência de toda a cadeia produtiva, desde o campo até a indústria exportadora. É fundamental destacar que apenas cerca de 30% da produção nacional é destinada à exportação, com cortes, em sua maioria, distintos dos consumidos no mercado interno”, afirmou o presidente da entidade, Roberto Perosa.
(FOTO: ARQUIVO RÁDIO SANANDUVA)