O número de casos de dengue no Rio Grande do Sul continua aumentando. Segundo levantamento divulgado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) nesta quinta-feira (13), o total de registros da doença contraída no estado chegou a 868, 62 a mais em relação ao último informe, do dia 6.
Em 2017 e 2018, nenhuma ocorrência autóctone – em que a doença foi contraída dentro do estado – havia sido registrada no Rio Grande do Sul, segundo informa o Cevs.
Já o total de casos importados, ou seja, com o contágio ocorrido fora do estado, chegou a 100. Há uma semana, eram 97. Em Porto Alegre, até 8 de junho, a doença foi diagnosticada em 360 pacientes, dos quais 345 autóctones (com a doença contraída na cidade).
361 cidades
Conforme o governo do estado, o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, tem circulação identificada em 361 cidades gaúchas. Os municípios são orientados a intensificar as ações de rotina, para reduzir a transmissão do vírus.
Entre as medidas, estão realização de visitas, mobilizações da população e mutirões de limpeza. As ações devem ser priorizadas em relação ao uso de inseticidas, informa o governo.
O Ministério da Saúde identificou desde o ano passado problemas com o inseticida Malathion EW 44%. Com isso, lotes foram recolhidos e no momento não há estoque disponível para reposição.
"Esse produto é aplicado num raio ao redor da residência da pessoa com suspeita de dengue, zika ou chikungunya. Hoje, como não temos esse inseticida disponível, nossa orientação aos municípios é que sejam utilizadas as outras ferramentas de procura por larvas do inseto", afirma a coordenadora do Programa Estadual de Vigilância do Aedes aegypti, Carmen Gomes.
Além disso, o governo reforça que, para eliminar os riscos da doença, a população também precisa remover os recipientes domiciliares com água parada, como pneus, latas, vidros, cados de garrafa, pratos de vasos, caixas d'água e outros reservatórios mal tampados.