O Rio Grande do Sul tem 85 municípios com infestação do mosquito Aedes aegypti considerada de alto risco para transmissão de dengue, zika e chikungunya. Esse foi o resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) realizado entre maio e junho, divulgado na sexta-feira (26) pela Secretaria da Saúde.
Neste ano, já são mais de mil casos confirmados de dengue contraída dentro do estado (autóctones). A secretaria alerta que as medidas de prevenção devem permanecer durante o inverno, época do ano em que há redução na circulação do mosquito.
Casos em 2019 (até 20/07)
• dengue: 1.123, sendo 1.007 autóctones e 116 importados.
• chikungunya: 9 importados. Outros 71 casos são investigados.
• zika: 1 autóctone, em Gravataí. Outros 73 casos são investigados.
O objetivo do levantamento, segundo a secretaria, é que os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.
O governo estadual informa que investiu R$ 4.837.420,79 neste ano para que 361 municípios desenvolvam ações de prevenção e combate ao Aedes. Os recursos foram destinados às cidades consideradas infestadas pelo inseto, ou seja, que tiveram ao menos um foco de larvas do mosquito identificados nas armadilhas nos últimos 12 meses.
| Dicas para eliminar o mosquito em casa
Os depósitos preferencias para os ovos do Aedes aegypti são recipientes domiciliares com água parada ou até na parede destes, mesmo quando secos. Os principais exemplos são pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos, caixas d'água ou outros reservatórios, entre outros. Por isso, é necessário:
tampar caixas d’água, toneis e latões
manter limpos os bebedouros de animais
guardar garrafas vazias com o gargalo para baixo
guardar pneus sob abrigos
manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises
não acumular água nos vasos de plantas
manter a piscina tratada durante todo o ano
colocar embalagens de vidro, lata e plástico em lixeiras fechadas
O índice de infestação predial (IIP) gerado pela análise indica o percentual de amostras onde foram identificadas larvas do inseto. Abaixo, veja a lista dos 50 municípios com com mais infestação.
Nonoai: 16,3
Espumoso: 13,7
Salto do Jacuí: 13,5
Giruá: 12
Dezesseis de Novembro: 11,6
Nova Palma: 10,8
Não-Me-Toque: 10,6
Tapejara: 10,6
Victor Graeff: 10,5
Vila Maria: 10,5
Boa Vista do Cadeado: 9,5
Salvador das Missões: 9,5
Jaguari: 9,4
Santiago: 9,4
Frederico Westphalen: 9,3
São José das Missões: 9,1
Tenente Portela: 9
Jacuizinho: 8,8
Santo Cristo: 8,7
Ajuricaba: 8,3
Uruguaiana: 8,3
Santo Antônio das Missões: 8,2
Canoas: 8,1
Tapera: 8,1
São Pedro do Sul: 7,8
Inhacorá: 7,7
Sananduva: 7,7
Santa Maria: 7,7
Panambi: 7,5
São Sebastião do Caí: 7,4
Pejuçara: 7,3
Alvorada: 7,2
Nova Ramada: 7,2
Novo Hamburgo: 7,2
Porto Vera Cruz:- 7,2
Tucunduva: 7,2
Mato Queimado: 7,0
Getúlio Vargas: 6,9
São Nicolau: 6,9
Santo Antônio do Planalto: 6,7
Itaqui: 6,6
Tio Hugo: 6,6
São Pedro do Butiá: 6,3
Vista Gaúcha: 6,3
São Luiz Gonzaga: 6,2
Ibiaçá: 6,1
São Miguel das Missões: 6,1
Ibirubá: 6
Jacutinga: 6
Porto Xavier: 6
(FOTO: DIVULGAÇÃO SES)