A produção de canola no Rio Grande do Sul deve atingir 41.138 toneladas neste ano, conforme a Associação Brasileira dos Produtores de Canola (Abracanola). O estado, que é responsável por 70% da canola produzida no Brasil, tem 32,7 mil hectares plantados.
O grão é utilizado na produção de farelo para ração e óleo de cozinha. Uma empresa em Giruá, no Noroeste do RS aguarda o recebimento de mais de 35 mil toneladas da canola para sua produção.
A área cultivada diminuiu três por cento nessa safra, mas o preço da canola aumentou. A saca é vendida por R$ 70. Essa valorização atraiu o Junior Deloss, de Giruá, a apostar na cultura pela primeira vez.
"De produção nós queremos alcançar a produtividade acima de 25 sacas por hectare. Vamos ver como é que vai o clima até o final", observa.
"É uma cultura que com acompanhamento técnico, ela tende a ter bons resultados, o clima na região é bastante favorável, nós temos uma condição de solo também favorável", aponta José Vandelrei Waschurger, gerente regional adjunto da Emater.
Estímulo à produção do mel
A canola estimula outra cadeia produtiva, a apicultora. Isso porque o inverno é uma época do ano em que a produção de mel diminui, pela falta de floração. Com os campos cheios de canola, apicultores e produtores rurais se beneficiam.
A polinização das abelhas aumenta a capacidade de reprodução das plantas. O resultado é uma produtividade até 70%. E mel tem alta aceitação no mercado interno e externo, porque a canola garante a produção da versão clara do produto.
"[na produção de] Canola utiliza-se pouco agrotóxico, porque é uma cultura bastante rústica, então as abelhas garantem a sua sobrevivência", explica o professor Rafael Narciso Meirelles. "Quando quase ninguém tem nessa época, no Brasil todo, mel, o apicultor que consegui botar suas caixas na canola e produzir no inverno, ele tem um produto diferenciado em uma época de escassez", resume.
(FOTO: REPRODUÇÃO RBS TV)
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