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Hospitais gaúchos podem testar tratamento com plasma de curados a partir das próximas semanasHospitais gaúchos podem testar tratamento com plasma de curados a partir das próximas semanas

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Publicado em 08/04/2020, Por GaúchaZH

Liberado para testes em três hospitais de São Paulo, o uso de parte do sangue de pessoas curadas do coronavírus para tratar doentes graves está no horizonte de pelo menos dois grandes hospitais de Porto Alegre. O Hospital de Clínicas e a Santa Casa de Misericórdia já se movimentam para iniciar estudos com esse tipo de terapia, que pode ajudar pessoas a se recuperarem mais rapidamente da doença.

O movimento mais adiantado até agora é o do Clínicas. Nesta semana, a instituição pediu formalmente para participar da pesquisa realizada pelos hospitais Albert Einstein, das Clínicas e Sírio-Libanês, e aguarda um retorno para os próximos dias.

— Seria mais fácil participar de um grupo já formado, com protocolo de pesquisa aprovado, do que iniciarmos do zero. Mas depende de sermos aceitos ou não — diz o chefe do serviço de imunologia, Luiz Fernando Jobim.

Segundo Jobim, um possível entrave à entrada do Clínicas no grupo paulista é a logística para a análise das amostras de sangue. Os testes rápidos utilizados no Estado não são capazes de indicar a concentração de anticorpos no plasma, o que exigiria o envio das amostras para São Paulo, onde seriam analisadas em um laboratório da Universidade de São Paulo (USP).

Caso a parceria não se concretize, a instituição não descarta iniciar pesquisa própria, que pode ou não ser feita em parceria com outros hospitais gaúchos. Chefe do serviço de hemoterapia do Clínicas, Leo Sekine já estaria em tratativas com a direção do hospital para articular um estudo local. Pelo menos sete médicos da instituição que testaram positivo para covid-19 e estão recuperados já se colocaram à disposição para serem doadores.

Já a Santa Casa de Misericórdia, que aderiu a uma pesquisa nacional para testar três tipos de tratamento com diferentes medicamentos, projeta começar os testes com plasma até o começo do mês que vem. Para a coordenadora do controle de infecção, Teresa Cristina Sukiennik, o principal empecilho para o iniciar os testes mais cedo é que, como são poucos os pacientes curados, ainda não há circulação viral que permita fazer o estudo de forma sistemática.

—Estamos estudando e definindo qual vai ser o nosso protocolo para, no final de abril ou começo de maio, começar a busca de doadores voluntários. Precisamos estabelecer uma logística para coletar material, e também para aumentar o número de testagens — explica.

Para realizar a terapia com plasma, é necessário fazer uma transfusão de sangue do paciente curado para o doente. A expectativa é de que os anticorpos produzidos por quem já contraiu o vírus ajudem os doentes mais graves a reagirem mais rapidamente à covid-19. Os doadores para esse tipo de tratamento devem atender a uma série de critérios de gênero, idade e peso, além de terem apresentado quadro moderado da doença.







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