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Frigoríficos interditados no RS começam a descartar avesFrigoríficos interditados no RS começam a descartar aves

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Publicado em 18/05/2020, Por GaúchaZH

Mesmo com parte da produção deslocada para outras plantas, a indústria alega que não há como aproveitar todos os animais, pelo excesso de peso.

 

Os frigoríficos do Rio Grande do Sul interditados após registrarem casos de coronavírus entre seus trabalhadores começarão a descartar aves nesta semana. A medida extrema será tomada por causa da interrupção do fluxo de abates, o que sobrecarregou a capacidade de alojamento nas propriedades. Mesmo com parte da produção deslocada para outras plantas, a indústria alega que não há como aproveitar todos os animais, pelo excesso de peso.

A BRF aponta que a paralisação da unidade de Lajeado, no Vale do Taquari, levará ao abate emergencial de 100 mil aves nesta segunda-feira (18) em uma propriedade na região. “A BRF ressalta que esgotou todas as possibilidades para tentar contornar a situação e realizou iniciativas preliminares, como o atraso do ciclo de produção e o remanejamento dos animais”, diz a empresa em nota.

Na sexta-feira, a companhia fechou acordo com o Ministério Público. O Tribunal de Justiça (TJ-RS) deu aval ao acerto e, depois de 10 dias, a planta retoma nesta segunda atividades de forma parcial. 

O descarte também deve ser adotado nos próximos dias pela JBS, que está com unidade fechada desde 24 de abril em Passo Fundo, no Norte. O diretor-executivo, José Antônio Ribas Junior, calcula que cerca de 6 milhões de animais deixaram de ser abatidos no local. A maioria acabou sendo aproveitada em três plantas da empresa em Santa Catarina, mas restaram em torno de 1 milhão de aves sem destino definido.

– Se os abates não voltarem a ocorrer na segunda, vamos ter que entrar com pedido para a eliminação de aves. Tenho um estoque a campo que não consigo movimentar, e esses animais estão chegando ao peso em que se tornam inviáveis. O RS hoje é um problema para nós. Se eu apertar a produção em outra unidade (no Estado), daqui a pouco nos questionam – afirma Ribas Junior.

Responsável pelo pedido que mantém o fechamento da unidade, o Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) atribui à própria JBS o prolongamento da interdição.

– Até agora, a empresa não protocolou os documentos pedindo o levantamento da interdição e comprovando o atendimento dos requisitos – aponta Priscila Schvarcz, coordenadora estadual do projeto de fiscalização de frigoríficos do MPT-RS.

Em outra frente, a JBS discute a liberação da planta na Justiça e afirma, em nota, que “todas as medidas foram apresentadas aos órgãos competentes”, sem indicar qual foi o encaminhamento.

FOTO: LAURO ALVES / GAÚCHAZH







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