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Com estádios vazios, explode o número de cartões para membros de comissão técnica no BrasileirãoCom estádios vazios, explode o número de cartões para membros de comissão técnica no Brasileirão

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Publicado em 21/08/2020, Por GE

Em consequência da Covid-19, nas quatro primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro deste ano foram disputados quatro jogos a menos do que no ano passado (menos 10%), mas ainda assim, explodiu o número de cartões para membros das comissões técnicas: de quatro em 2019 para 13 neste ano, um salto de 225%. Sem torcida nos estádios, a equipe de arbitragem sabe de onde vêm os xingamentos e protestos, e está com os ouvidos muito mais sensíveis ao que se diz no banco de reservas.

- Não há nenhuma determinação para ser mais ou menos rígido com o banco. O grande fator é mesmo a ausência de público, que torna tudo muito mais audível. A única orientação é que o quarto árbitro não entra mais em conflito com o banco. Quem cuida da disciplina é o árbitro central, e o que a regra diz é que se um grito não é identificado, o cartão deve ser aplicado ao treinador, que é o responsável pelo banco. É o que diz a lei. Em quatro rodadas, os árbitros não são o maior assunto da competição, e isso é muito bom para o futebol - disse o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba.

O rigor dos árbitros nas três primeiras rodadas parece ter surtido efeito: na rodada #4, não houve cartão para esses profissionais. No jogo Sport 0 x 1 Santos houve um cartão para o banco de reservas, mas a súmula aponta ter sido para o atacante Ronaldo.

- A CBF e o árbitros precisam tomar uma atitude para cortar isso agora, no início do campeonato. Se continuar do jeito que está, nas rodadas finais será insuportável essa guerra entre árbitros e comissões técnicas - afirmou o comentarista de arbitragem do esporte da Globo Sálvio Spinola.

Dentro de campo, com 10% menos jogos disputados até agora, o número de cartões amarelos cresceu apenas 7% em relação às quatro primeiras rodadas de 2019, evidenciando o aumento do rigor com alta de 225% nas punições às comissões técnicas.

- As comissões técnicas precisam entender que o futebol, como o mundo, vive um novo momento. Eles estão muito mais expostos agora do que quando há torcida nos estádios. Todos os absurdos que eles falam à beira do gramado agora são percebidos, são ouvidos. Os árbitros não estão agindo como Sherlock Holmes. Na Europa também tem um pouco disso, mas acho que o Brasil é recordista mundial de agressividade verbal à beira do campo. A tolerância da equipe de arbitragem está muito menor porque agora ouve-se tudo, não tem torcida real para abafar, só caixa de som, que não xinga a mãe do árbitro. Eles não estão a fim de ouvir barbaridades. Quando o árbitro não ouve, os auxiliares entregam. E tem de ser assim, mesmo. O futebol precisa se tornar um ambiente com pelo menos um mínimo de boa educação - afirmou o comentarista do esporte da Globo Lédio Carmona.

Entre os treinadores, Fernando Diniz, agora no São Paulo, foi o único a levar cartão amarelo tanto no ano passado quanto nas quatro primeiras rodadas. Em 2019, além dele, Mano Menezes e Cuca foram advertidos; neste ano, Dorival Júnior, Jorge Sampaoli e Guto Ferreira. O técnico Tiago Nunes, do Corinthians, foi o único expulso, na partida contra o Grêmio pela terceira rodada.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Caio Carvalho, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti

 

FOTO: MARCOS RIBOLLI







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