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Coronavírus e estiagem provocam queda histórica do PIB gaúcho no segundo trimestreCoronavírus e estiagem provocam queda histórica do PIB gaúcho no segundo trimestre

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Publicado em 18/09/2020, Por GaúchaZH

A combinação indigesta entre pandemia de coronavírus e estiagem castigou a economia gaúcha no segundo trimestre. Em relação ao período de janeiro a março, o Produto Interno Bruto (PIB) desabou 13,7% no Rio Grande do Sul. Frente ao segundo trimestre de 2019, o tombo foi ainda maior: nesse tipo de comparação, o PIB local despencou 17,1%.

Os resultados representam as maiores quedas da série histórica, com dados desde 2002. Também significam retrações mais intensas do que as verificadas no país, de 9,7% e 11,4%, respectivamente.

Responsável pelos cálculos gaúchos, o Departamento de Economia e Estatística (DEE) divulgou as informações nesta sexta-feira (18). O órgão é vinculado à Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão. Inicialmente, a apresentação estava marcada para o último dia 9, mas a secretaria resolveu postergá-la, a pedido do titular da pasta, Claudio Gastal.

Popularmente, o PIB é conhecido como a soma dos serviços e bens produzidos em determinada região. No acumulado do primeiro semestre, o indicador gaúcho registrou queda de 10,7%. Nos últimos 12 meses, a baixa foi menor, estimada em 5,6%.

O tombo entre abril e junho já aparecia no radar de analistas, devido aos prejuízos no campo e nas cidades. Após o PIB tocar o fundo do poço, a projeção é de melhora gradual nos meses seguintes, mas incertezas relacionadas à covid-19 ainda preocupam.

A agropecuária teve o pior desempenho entre os grandes setores produtivos. Com a escassez de chuva, amargou retração de 20,2% ante o primeiro trimestre. Frente a igual período de 2019, o tombo chegou a 39,4%.

Nessa base de comparação, a produção de soja despencou 39,3%, e o cultivo de milho, 27,7%. Os dois itens são tradicionais nas lavouras do Estado. O arroz pegou a contramão, com alta de 8,3%.

Depois da agropecuária, a indústria foi o segundo setor mais prejudicado entre abril e junho. Frente ao intervalo de janeiro a março, a baixa alcançou 15,9%, reflexo da crise do coronavírus. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o tombo foi maior, chegando a 19,3%.

Nesse tipo de recorte, todas as atividades fabris ficaram no vermelho. O segmento de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana caiu 28,1%. Já a indústria de transformação recuou 19,5%, com retração de 70,2% na produção de veículos, reboques e carrocerias e de 50% na fabricação de couros, artigos para viagem e calçados. Enquanto isso, construção teve baixa de 12,6%.

O outro grande setor produtivo, o de serviços, também não conseguiu escapar das perdas. Com lojas fechadas em razão da pandemia, registrou queda de 9,1% frente ao primeiro trimestre. Na comparação com o segundo de 2019, a contração foi de 9,9%.

Dentro de serviços, o comércio amargou queda de 11,6% nessa base de avaliação. Só teve baixa menor do que o ramo caracterizado como outros serviços (23,7%). A única atividade comercial no azul foi a de hipermercados e supermercados, com avanço de 5,4%.

 

FOTO: ISADORA NEUMANN / AGENCIA RBS







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