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Setor de serviços prestados no Brasil tem tombo recorde de 7,8% em 2020, aponta IBGESetor de serviços prestados no Brasil tem tombo recorde de 7,8% em 2020, aponta IBGE

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Publicado em 11/02/2021, Por Jornal O Sul

O volume de serviços prestados no Brasil despencou 7,8% em 2020, na comparação com o ano anterior, segundo divulgou nesta quinta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se da queda mais intensa da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Até então, a maior queda anual tinha sido a registrada em 2016 (-5%). Em dezembro, o setor recuou 0,2% frente a novembro, interrompendo uma sequência de 6 meses consecutivos de alta. Na comparação com dezembro de 2019, a queda foi de 3,3%, a 10ª taxa negativa seguida nessa base de análise.

“O volume de serviços ainda se encontra 3,8% abaixo do patamar de fevereiro, quando as medidas de isolamento social para controle da pandemia de Covid-19 ainda não haviam sido adotadas”, informou o IBGE.

O setor, que possui o maior peso no cálculo do PIB (Produto Interno Bruto), tem sido o mais afetado pela pandemia de coronavírus e é o que apresenta a recuperação mais lenta. Na véspera, o IBGE mostrou que o comércio fechou 2020 com crescimento anual de 1,2%. Já a indústria teve um tombo de 4,5%.

Segmentos com as maiores quedas em 2020

Das 5 grandes atividades do setor de serviços, 4 despencaram no ano. Os segmentos que registraram os maiores tombos no ano foram os ligados às atividades presenciais e que, portanto, foram mais afetados pelas medidas adotadas para combater a pandemia. Entre eles estão os serviços prestados às famílias (-35,6%), os profissionais, administrativos e complementares (-11,4%) e os transportes (-7,7%), que também tiveram quedas recorde no período.

“O principal impacto veio dos serviços prestados às famílias, que foi pressionado pela queda na receita dos restaurantes, hotéis, serviços de bufê e produção e promoção de eventos esportivos e atividades de ensino ligadas a cursos profissionalizantes, técnicos e autoescolas, por exemplo”, explicou Lobo.

O único segmento que fechou 2020 no azul foi o de outros serviços (6,7%), impulsionado, principalmente, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de corretoras e mercado financeiro.

“Com a queda recente da taxa de juros, famílias e empresas passaram a procurar outras formas de investimento alternativas à poupança e estão migrando para investimentos de renda fixa ou variável. E empresas desses segmentos financeiros auxiliares também tiveram aumento de receita em função dessa intermediação que fazem do mercado financeiro com as famílias e empresas que buscam por aumento de rendimento”, explicou o pesquisador.

Alta de 5,8% no 4º trimestre

O setor de serviços fechou o quarto trimestre de 2020 com crescimento de 5,8% na comparação com o terceiro trimestre. Foi a segunda taxa positiva seguida. No terceiro trimestre, o crescimento havia sido de 9% frente ao segundo. No primeiro, a queda havia sido de 2,9%, enquanto no segundo houve tombo de 15,4%.

Embora o setor de serviços tenha peso de cerca de 70% na economia brasileira, vale destacar que as atividades investigadas na pesquisa mensal do IBGE representam ao redor de 30% do PIB.

Perspectivas para 2021

Apesar da perspectiva de recuperação da economia em 2021, analistas têm destacado que uma retomada depende do controle da pandemia e do fim das medidas de restrição de circulação de pessoas, como também de uma melhora consistente do mercado de trabalho.

Indicadores antecedentes têm mostrado uma desaceleração do ritmo de recuperação da atividade econômica neste começo de ano em meio ao término das medidas de auxílio governamental. O índice que mede a confiança do setor de serviços da Fundação Getulio Vargas voltou a cair em janeiro, se mantendo mais distante do nível pré-pandemia.

A estimativa atual do mercado é de alta de 3,47% para o PIB em 2021, abaixo da média mundial, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Analistas têm citado as persistentes preocupações com a situação fiscal do país, que limita os investimentos públicos e o espaço no orçamento para estímulos econômicos.

(FOTO: JORNAL O SUL)







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