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VARIEDADES

Mais da metade das escolas brasileiras não têm biblioteca ou sala de leitura, diz InepMais da metade das escolas brasileiras não têm biblioteca ou sala de leitura, diz Inep

Publicado em 10/12/2018, Por Agência do Rádio

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o Inep, das 180 mil escolas existentes no país, 98 mil - ou seja, 55% delas - não têm biblioteca ou sala de leitura.

Esses dados foram apresentados pelo coordenador-geral dos Programas do Livro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Lauri Cericato, em uma audiência pública na Câmara dos Deputados. Ele enfatizou a importância da leitura e de um bom acervo para o desenvolvimento do aprendizado dos alunos.

“Quem não lê não tem novas linguagens, não aprende. Acervo de livros de boa qualidade é essencial para a criatividade desses alunos brasileiros na educação básica.”

No debate, que foi promovido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, foi discutida a implantação de uma lei de 2010 que determina que até maio de 2020 todas as escolas brasileiras - sejam elas públicas e privadas - tenham bibliotecas escolares.

A lei determina que o número de livros da biblioteca deverá ser de, no mínimo, um título para cada aluno matriculado.

Porém, de acordo com o presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Raimundo Martins de Lima, faltam bibliotecários para atender às milhares de escolas que ainda não tem um espaço para a leitura.

“A lei estabelece o prazo para as instituições se adaptarem até 2020. Só que pouca mudança aconteceu. Poucas bibliotecas foram criadas e também no plano profissional o número de bibliotecários que foram formados pelos cursos de Biblioteconomia em todo o país chegam em torno de 21 mil profissionais bibliotecários ativos. Então, na prática, hoje, você tem um número de escolas que o mercado da Biblioteconomia não tem condições de atender por falta de profissional.”

Segundo ele, para que a universalização das bibliotecas escolares possa ser cumprida, é preciso que se tenha a preocupação com o espaço físico, em colocar profissionais adequados e que se coloque um acervo de qualidade para os alunos.

“Não basta você ter apenas o espaço e chamar de biblioteca. É preciso de ter condições materiais e simbólicas que dê conta de fazer com que aquele espaço cumpra as suas responsabilidades, as suas funções. Criar só o espaço, não colocar acervo, não ter profissional adequado, não ter o mobiliário e não oferecer este serviço adequado aquela população educativa, não resolve nada! Só o espaço sem espacialidade não resolve o problema.”

Em 2017, o FNDE formou um grupo de trabalho para acompanhar a implantação progressiva das bibliotecas escolares. Esse grupo é formado por servidores do FNDE, da Câmara dos Deputados, do Conselho Nacional de Educação, de universidades e outras entidades.




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